Patrimônio
Instituto da capital mostra interesse no Castelo Simões Lopes, diz prefeitura
Proposta técnica apresentada pelos responsáveis pela entidade está sob análise de técnicos da Secretaria de Cultura
Carlos Queiroz -
A Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira (Sgaf) informa que houve uma empresa interessada na permissão administrativa à pessoa jurídica para uso criativo, restauração e revitalização do Castelo Simões Lopes referente à concorrência pública 07/2016. Apresentou-se a empresa porto-alegrense Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. A informação é da assessoria de imprensa da prefeitura de Pelotas.
A presidente da Comissão, Laura Elaine Corrêa Carriconde, informa que a documentação apresentada pela empresa no envelope 01, de habilitação, está de acordo com as exigências estabelecidas pelo edital. O envelope 02 corresponde à proposta técnica. Para melhor análise, o processo foi encaminhado pela Sgaf à Secretaria de Cultura (Secult). O material está em fase de revisão.
Patrimônio
O Castelo Simões Lopes integra o patrimônio histórico e cultural de Pelotas, localizado na avenida Brasil, 824, bairro Simões Lopes. É um bem tombado pelo Estado do Rio Grande do Sul, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estadual (Iphae).
O Município lançou concorrência pública da modalidade melhor técnica, idealizada como alternativa para viabilizar a recuperação de construções em elevado estado de degradação, que necessitam de investimentos significativos para restauração. Conforme o edital, a prefeitura concederá permissão de uso criativo, visando ao aproveitamento do local, após restaurado e revitalizado, para atividades que estimulem a produção de conhecimentos, movimentem a economia e fomentem a transversalidade da cultura.
História
A construção do Castelo Simões Lopes durou três anos – de 1920 a 1923. O projeto e a execução da obra, que sofreram intervenções do proprietário para adequá-los ao seu gosto, estiveram sob responsabilidade do arquiteto suíço Fernando Rullman.
O Castelo conta com três torres, ameias e terraços, remetendo seu estilo a construções medievais. Possui dois pavimentos e um porão. A área construída é de 1.2433,78 m² num terreno de seis mil m².
O proprietário, senador Augusto Simões Lopes, filho mais novo de João Simões Lopes Filho (Visconde da Graça) e tio do escritor João Simões Lopes Neto, vocacionado para a política e ocupante de diversas funções públicas, utilizou o Castelo para comícios e decisões importantes à época. Os terraços foram inúmeras vezes transformados em verdadeiras tribunas, por onde passaram autoridades de projeção, entre as quais os ex-presidentes Washington Luís e Getúlio Vargas.
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